Embora nem todo mundo saiba exatamente o que é uma landing page, sem dúvida você já passou por uma delas. Sabe aquela página que você preenche um formulário para baixar um e-book ou outro material ou então aquela página que contém um botão para ativar seu plano grátis? Isso é uma landing page.
Existem várias formas de criar essas páginas, com diferentes elementos visuais e textuais que podem ajudar a completar o seu objetivo, seja ele qual for. Entretanto, existem muitas chances de cometermos erros gigantescos tentando tornar esta página mais atrativa.
Neste artigo vamos falar sobre alguns tópicos importantes para a criação de landing pages capazes de trazer conversões cada vez mais qualificadas. Veja a seguir quais são estes tópicos:
2. Estrutura de uma boa Landing page
5. Como estruturar um Teste A/B?
Preparado para começar? Vamos lá!
1. Landing page ou hotsite?
Antes de falarmos da estrutura da landing page, é preciso falar sobre a importância dela. Estas páginas têm como missão simplificar a vida do seu consumidor, oferecendo a ele apenas a informação e/ou recurso no qual ele está interessado. Por isso, estas páginas precisam ter uma estrutura que favoreça a tomada da decisão que você delineou na sua estratégia.
Sendo assim, é importante deixarmos bem clara a diferença entre uma landing page e hotsites. À primeira vista as duas coisas podem até ser parecidas, mas existem diferenças essenciais que ficam muito claras quando observamos as estruturas.
Os hotsites geralmente são colocados no ar para criar envolvimento com uma campanha específica, que exige maior fornecimento de informações aos seus visitantes. Essa maior quantidade de informações acaba, muitas vezes, exigindo a colocação de um menu ou de algo parecido com uma home, ou página inicial.
As landing pages também podem ter esta função, entretanto, elas possuem uma meta bastante clara: gerar conversões. Por isso, elas precisam ser extremamente objetivas e livres de qualquer tipo de distração, como menus. Vale destacar, também, que uma landing page consiste em apenas uma página. Se uma landing page não está gerando conversões, ela não está cumprindo com o seu papel e precisa passar por uma boa análise.
Uma vez compreendida essa diferença podemos nos aprofundar melhor nos elementos que tornam uma landing page em uma máquina de conversões.
2. Estrutura de uma boa Landing page
Uma boa landing page precisa conter alguns elementos importantes para que você consiga ampliar a capacidade de conversões dela. Para completar esta missão, é bem importante lembrar de um antigo mantra que muitos designers defendem: menos é mais.
Quanto menos elementos concorrendo pela atenção do seu visitante, melhor. Por isso, cada landing page deve possuir um único objetivo. Seja ele gerar leads ou vendas, valorize cada espaço, imagem e título que esta página deve conter.
Ainda assim, existem alguns elementos que são obrigatórios a todas landing pages. Aqui vão eles:
Títulos bem escritos
Ainda que o nome do seu produto seja lindo e o nome da sua marca seja ainda melhor, as chances de esta combinação surtirem algum efeito são mínimas. Por isso, sempre procure escrever bons títulos para a sua landing pages.
Os títulos são responsáveis por atrair as pessoas e estimulá-las a continuar na sua página. Aquela mesma regra para escrever títulos para os seus artigos devem ser aplicadas aqui.
Imagens de destaque
As imagens da sua landing page devem ter relação com o que você está oferecendo. Sei que pode parecer bastante óbvio dizer isso, mas acredite, muita gente não pensa nisso e usa imagens genéricas demais.
Nessas horas os bancos de imagem podem ser seus melhores amigos ou então seu pior pesadelo. Procure escolher imagens que mostrem a relação da sua oferta e que também ajudem o seu visitante a navegar melhor por esta página.
Um erro bastante comum é escolher fotos com pessoas que estão olhando para outro lado que não seja o lado da página que contém o seu botão ou call to action. Isso acaba direcionando o olhar do visitante para fora da sua página e aí pronto, você perdeu a atenção daquela pessoa.
Outro problema pode ser escolher imagens muito cheias de detalhes e informações visuais que podem acabar confundindo demais o seu visitante. Sempre que isso acontece a pessoa fica tentando decifrar o que está na imagem e deixa o seu conteúdo de lado.
Textos explicativos
Além do título e das imagens, a sua landing page precisa ter textos que dêem suporte à oferta que você está comunicando. A ideia é que esses textos apresentem, de forma breve e objetiva, os benefícios que esta oferta pode proporcionar a quem optar por aproveitar a oportunidade.
Se você está oferecendo um material rico, como um e-book ou alguma ferramenta, explique quais são os benefícios e resultados imediatos que este material pode trazer. Caso a sua oferta seja uma compra ou um período de testes do seu produto e/ou serviço, siga a mesma lógica, porém buscando tirar dúvidas sobre o processo de compra da forma mais objetiva possível.
Call to Action (CTA)
Outro erro que muita gente comete e nem percebe tem a ver com os Call to Action. A função de um bom CTA é levar o seu visitante a concluir a ação que você planejou e é o coração da sua estratégia. Todo CTA envolve um verbo no infinitivo que direciona o seu visitante para o próximo passo.
Dessa forma, você diz para o seu cliente exatamente qual é o caminho para atingir o objetivo que ele deseja dentro da oferta que você fez a ele. Sem um CTA claro e objetivo a sua estratégia tem grandes chances de dar errado.
Cores e contrastes
Além de tudo isso que já falamos, é importante lembrar dos contrastes das cores na sua landing page para destacar os botões e elementos mais relevantes. As cores ajudam a dar maior fluidez às informações que você traz para a página.
Portanto, não se esqueça de distribuí-las bem pela sua landing page. Alguns elementos que pedem cores e contrastes mais fortes são: botões, setas, depoimentos, detalhes das ofertas e/ou condições de compra.
3. Atenção = conversão
Garantir um bom equilíbrio da atenção do seu visitante é garantir uma boa taxa de conversão. Para assegurar que a atenção está bem equilibrada, tente reduzir a quantidade de elementos e ações na sua landing page.
O CEO da Unbounce, Oli Gardner, fala sobre a taxa de atenção que uma boa landing page deve proporcionar ao seu visitante. O ideal é manter em 1:1, ou seja, a ação desejada é a única disponível na página. O oposto disso é uma página inicial (home) de um portal, por exemplo, que possui diversos banner, notícias e outros elementos sendo promovidos em um só lugar.
Seguindo essa lógica, deve-se criar landing pages que contenham apenas um elemento em destaque. Se o seu objetivo com esta página é fazer com que o visitante baixe um e-book, por exemplo, este deve ser o único estímulo, o único botão na sua página.
Entretanto, existem duas exceções para esta regra. A primeira delas diz respeito à quantidade de links e para onde eles apontam. Se a sua landing page promove apenas uma oferta, mas possui vários links apontando para o mesmo lugar, o efeito se mantém.
A outra exceção acontece quando oferecemos uma opção diferente e, de alguma forma, indesejável para que o seu visitante realize a ação que você planejou. Esta situação é conhecida como o efeito de escolha de Hobson +1. Nós entraremos em maior detalhe sobre este tópico a seguir.
4. O Paradoxo da Escolha
Além de ser o título do livro de Barry Schwartz, o paradoxo da escolha mostra como nós reagimos à necessidade de tomar decisões ao longo da vida, sejam elas incrivelmente importantes ou até mesmo aquelas mais básicas, como escolher entre suco ou chá.
Bart Schutz apresenta o conceito do efeito de escolha de Hobson +1 de uma forma muito interessante. No texto, Schutz explica que o efeito de Hobson é justamente a escolha óbvia que um consumidor pode fazer quando dizemos “Compre o meu produto”. Sempre que apresentamos esta opção, o consumidor tem a opção de simplesmente não fazer.
Quando inserimos uma terceira opção no processo, criamos maior atenção para aquela ação para a qual a landing page foi projetada. Sendo assim, o efeito Hobson +1 seria apresentado da seguinte forma:
Ação 1: “Baixe o e-book agora!”
Ação 2: “ou faça um teste da ferramenta”
Como uma segunda opção foi inserida, nosso cérebro gasta mais energia para comparar os benefícios e desvantagens de se tomar alguma dessas opções. Por isso, a terceira opção natural, que seria “não fazer nada”, tem grandes chances de ser descartada uma vez que a segunda ação sugerida não é do interesse do visitante.
Desta maneira, podemos considerar uma hipótese de que a regra da taxa de atenção 1:1 pode ser quebrada, mantendo a eficiência de conversão. Considerando esta nova proporção 2:1, tem-se uma importante opção para se fazer um teste A/B.
5. Como estruturar um Teste A/B?
O Teste A/B é uma importante metodologia que muita gente acaba esquecendo de utilizar no dia-a-dia. Esta técnica nada mais é do que um experimento que deve ser feito para encontrar quais são os elementos visuais, textuais e até mesmo das ofertas que podem ser melhorados para ter maior ressonância com o seu público.
Embora possa parecer muito simples, ainda há quem cometa erros muito básicos na hora de realizar estes experimentos. O maior erro que pode ser cometido é alterar mais de um elemento na sua landing page e/ou anúncio. É imprescindível que exista apenas um elemento diferente entre a versão A e a versão B.
Imagine que o seu Teste A/B é um experimento de um laboratório ou um teste de um novo medicamento. Desta forma, a versão A é o seu grupo “placebo” e a versão B é o seu grupo tratamento, ou seja, o grupo que receberia o medicamento. Assim, você só pode alterar UM elemento. Existem vários que você pode testar:
- Cor do botão;
- Contraste do botão;
- Tamanho do botão;
- Imagem;
- Título;
- Espaços em branco (sim! eles são importantes);
- Negrito etc;
Caso a ferramenta que você utiliza para gerar as suas landing pages não possua uma função de comparação dinâmica e aleatória para exibir a sua página, você pode criar esta aleatoriedade utilizando os seus anúncios.
Basta criar duas versões e vincular esta página ao anúncio (que deve ser o mesmo para as duas versões) e comparar as taxas de conversão de cada landing page. Aquela que obtiver uma melhor taxa de conversão é a sua campeã.
A partir disso, você pode continuar a fazer Testes A/B. Caso a campeã do seu primeiro teste tenha sido a versão B, por exemplo, no seu segundo teste ela se torna a versão A. Desta forma, ela será comparada com a nova versão B e assim por diante.