O dilema do binóculo na construção da mensagem

Atingir o nível certo de especificidade no uso do produto pode ser a diferença entre uma mensagem que conecta profundamente e uma que passa despercebida. Veja o exemplo da Slack. Esta é uma ferramenta amplamente conhecida por apoiar a comunicação interna em empresas de vários segmentos, mas uma mensagem simplesmente sobre “comunicação” pode soar genérica demais.

Agora, imagine se a Slack ajustasse sua comunicação para algo como “facilitar revisões de design para designers de produto”. Para um líder de design, isso faria muito mais sentido e atrairia seu interesse com mais intensidade.

No entanto, essa especificidade reduz o tamanho do mercado. É como ajustar um binóculo: ao focar em um ponto mais específico, você ganha clareza para aquele público, mas perde visão periférica. Para líderes de marketing, o dilema é contínuo: qual o ponto certo entre a abrangência para captar um grande mercado e a especificidade que realmente engaja?

Ao criar uma campanha ou definir o posicionamento de um produto, é fundamental fazer a pergunta: “Para quem exatamente esta mensagem está sendo escrita?” E ir além da resposta inicial, refletindo sobre o contexto do cliente, suas dores e como ele usaria o produto em seu cotidiano.

Ao construir uma estratégia, seja para um lançamento de produto ou ajuste de posicionamento, é fundamental lembrar que, quase sempre, uma mensagem ampla demais é pior que uma específica demais. Na prática, marketing é sobre cortar o ruído e falar diretamente com quem precisa ouvir.

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